Cirurgia de Hérnia Inguinal por Laparoscopia e Via Robótica
HÉRNIA: protuberância ou saliência de um órgão através de um ponto de fraqueza na parede abdominal, na virilha e também dentro da barriga, como a hérnia de hiato (que é a fraqueza do musculo diafragma)
CAUSAS: congênitas (de nascença) ou adquiridas, nesse caso por conta de esforço físico excessivo, envelhecimento ou lesões
Indicações para a cirurgia de hérnia inguinal
se a hérnia provoca dor ou desconforto significativos, afetando a qualidade de vida e impedindo a realização de atividades normais, a cirurgia pode ser necessária.
risco de complicações: hérnias podem ficar presas (estranguladas ou encarceradas), o que pode levar a complicações como obstrução intestinal e necrose de parte do órgão que ficou preso na hérnia.
hérnia maiores geralmente requerem cirurgia, pois há maior risco de complicações.
Idade e estado de saúde do paciente: Se o paciente é jovem e saudável, o médico pode considerar adiar a cirurgia. No entanto, se o paciente é idoso ou tem outras condições de saúde, a cirurgia pode ser recomendada mais cedo para evitar complicações.
Desejo do paciente: Em alguns casos, o paciente pode optar pela cirurgia mesmo que a hérnia não esteja causando sintomas significativos. Isso pode ser feito para evitar complicações futuras ou para evitar restrições em atividades físicas ou no trabalho.
Indicações para cirurgia de hérnia por robótica
Hérnias que são complexas em termos de localização, tamanho ou características anatômicas podem ser tratadas com maior precisão com a cirurgia robótica.
Hérnias que voltaram após a cirurgia aberta ou laparoscópica podem ser tratadas com cirurgia robótica, pois a técnica permite maior precisão na reconstrução da parede abdominal.
Pacientes que têm condições médicas complexas, como: obesidade, doença pulmonar ou problemas cardíacos, podem se beneficiar da cirurgia robótica, pois a técnica minimamente invasiva reduz o risco de complicações.
Pacientes com hérnias bilaterais (em ambos os lados da virilha) podem se beneficiar da cirurgia robótica, pois permite que o cirurgião trate ambas as hérnias em uma única cirurgia.
Desejo do paciente: Alguns pacientes podem preferir a cirurgia robótica por causa de seus benefícios potenciais, como menos dor pós-operatória, menor tempo de internação e recuperação mais rápida.
Cirurgia – laparoscópica e robótica
em ambas, a anestesia é geral, por se tratar de cirurgia minimamente invasiva (enche-se a barriga de gás carbônico, deixando-a bem dilatada, o que cria um espaço para se operar – ao final da cirurgia todo o gás é retirado da barriga)
são feitos 3 pequenos cortes (furinhos) na parede abdominal, através dos quais passam os instrumentos para fazer toda a cirurgia, tanto na laparoscópica quanto na cirurgia robótica
na cirurgia robótica o cirurgião maneja as pinças cirúrgicas com auxilio do robô, aumentando a precisão e a amplitude dos movimentos
tanto na laparoscopia quanto na robótica o procedimento é feito internamente, com a ajuda de uma câmera, passada no corte do umbigo
na cirurgia, a hérnia é corrigida e se faz um reforço da parede abdominal, utilizando-se uma tela de polipropilen que é fixada com um grampeador especial (na laparoscopia) ou com fio de sutura (na cirurgia robótica)
duração da cirurgia: aproximadamente de 1h a 2h
COLOCAÇÃO DA TELA DE POLIPROPILENO NO REPARO DA HÉRNIA POR LAPAROSCOPIA
TELA DE POLIPROPILENO
GRAMPEADOR ABSORBATACK
GRAMPO ABSORBATACK
Pós-operatório
recuperação inicial é rápida, geralmente o paciente tem alta no mesmo dia ou no dia seguinte
cuidados com os cortes da cirurgia: como qualquer outra cirurgia: manter limpos e secos
é normal ter dor e/ou desconforto nos primeiros 3-7 dias após a cirurgia, que diminuem gradativamente
evitar dirigir por 3-5 dias carro, motocicleta por 15 dias.
retorno às atividades habituais: normalmente ocorre após 7 a 15 dias
evitar atividades físicas mais intensas; levantamento de peso e exercício de abdominal por 4-6 semanas após a cirurgia
Complicações
A herniorrafia inguinal laparoscópica e a robótica são minimamente invasivas e apresentam menos complicações quando comparadas com a cirurgia aberta. No entanto, como qualquer procedimento cirúrgico, existem riscos envolvidos.
Algumas complicações possíveis incluem:
Infecção: Pode ocorrer infecção no local da incisão ou na área da hérnia.
Dor: É comum ter dor no local da incisão ou na virilha após a cirurgia. Em alguns casos, a dor pode ser crônica.
Lesão de órgãos: Durante a cirurgia, há o risco de lesão de órgãos próximos, como bexiga, vasos sanguíneos e nervos.
Sangramento: Em raros casos, pode ocorrer sangramento excessivo durante a cirurgia ou após a alta hospitalar.
Recorrência da hérnia: Apesar da técnica minimamente invasiva, a recorrência da hérnia pode ocorrer em alguns casos.
Complicações anestésicas: A anestesia pode levar a complicações, como reações alérgicas ou problemas respiratórios.
Outras complicações: Complicações adicionais incluem formação de hematomas, seromas, fístulas, entre outros.
É importante que os pacientes conversem com seus médicos sobre os riscos e benefícios da cirurgia e sigam as instruções pós-operatórias para minimizar o risco de complicações.
OBS: estas orientações servem como um guia geral; a avaliação individualizada é fundamental e deve levar em consideração a idade do paciente, localização e tamanho da hérnia e o tipo de cirurgia realizada.
Leia mais sobre hérnias em:
https://sbhernia.org.br/hernia/